terça-feira, 31 de julho de 2012

Um comentário:

  1. Assim caminha o Nordeste há 300 anos; vida transformada em carvão, cinzas, fumaça, fuligem, agredindo todos os elementos da Natureza e suas variáveis atmosfera; não tem vida que aguente essa desgraça; Na foto, uma forma rudimentar de se transformar madeira em carvão; nos assentamentos do INCRA, no semiárido, onde não se produz alimentos, todas as famílias assentadas praticam a venda de lenha para os fornos das padarias, olarias, ou transforma em carvão para o "churrasco" na cidade; A vegetação, secundária,é predominantemente jurema, uma leguminosa nativa da área, mas que hoje, com a eliminação do solo e da vegetação diversa nativa, tomou conta da área; a área da foto seria de cerrado, onde a vegetação nativa era bastante diversificada com aroeira, cumaru, mulungu,umburana, angico, catingueira, árvores adultas com mais de 10m de altura, uma cobertura vegetal permanente de 0,5m³ de massa vegetal por m², mas durante o período das chuvas a massa vegetal chegava a 1m³/m². Hoje a massa vegetal não passa de 0,05m³/m². a Jurema cortada, frequentemente, leva 2 anos para brotar, e com 5 anos tem galhos com diâmetro inferior a 10cm; essas carvoeiras, copiadas provavelmente dos escravos africanos exploradores (junto com os portugueses) do NE, eram desconhecidas dos índios locais, que queimavam lenha para cozer e assar os alimentos. Cada metro de lenha tem cerca de 0,5m³, vegetação de 10m² de juremas; Um metro de lenha dar 2 sacos de carvão, vendidos atualmente a R$ 12. A carvoeira passa até 90 horas queimando, e nesse tempo o carvoeira tem que inspecioná-la, para evitar que um buraco no teto (de areia e folhas) da carvoeira transforme a lenha em fumaça e cinzas, sem carvão. O corte de lenha, a confecção da carvoeira, e a vigilância levam até 10 dias de trabalho; o fato é que com a venda do carvão o dia de serviço do carvoeiro não sai por mais de R$ 2; Aí vem os programas assistencialistas e paternalistas do governo federal que, em nome da indústria da seca, dão o "comer" para o assentado do INCRA e família; os industriais da seca são os dirigentes políticos, que por intermédio dos Órgãos GERENCIADORES da seca, a exemplo dos sindicatos rurais, PRONAF e o diabo a quatro, criam, com o vício, os seculares operários da seca nordestina; assim caminha o Nordeste Brasileiro para o FIM.

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