domingo, 27 de janeiro de 2013

Educação ambiental.

Ponte sobre o Rio Camaragibe a cerca de 60 km das nascentes; Água empoçada no rio Camaragibe? Sonho ou ilusão de ótica? nem uma nem outra; trata-se de lixo-líquido grosso, salgado, com todos os tipos de microrganismos (adaptados ao meio), muita matéria orgânica decomposta, particularmente animais (gado) que morre ao beber o lixo do poço; Em tempo! Não mata imediatamente feito estricnina; mata aos poucos; o lixo-líquido (da fotografia permanece, a estas alturas) por que a evaporação é limitada devido a composição da "solução" e está embaixo da ponte. Ao longe, na fotografia se vislumbra alguns animais (bovinos) se "achegando" para beber do lixo, como única opção; quando à flora verifica-se (na fotografia) que existe uma algaroba junto ao poço, a algaroba, planta estranha no NE, é outra desgraça; quando a fauna - pequenos lagartos, pássaros, roedores, se beber do lixo está com a com a morte "decretada", já que se trata de corpos pequenos (com relação ao gado do Homem) e não adaptados a essa situação caótica. Nos açudes construídos no rio Camaragibe (e em outros rios do NE) acontece o seguinte: quando, esporadicamente, recebem água das chuvas,  e enchem, a salinização fica reduzida, tolerável para os peixes (de água doce) e para as plantas, inclusive a lavoura, e capins; mas à medida que o açude vai secando, por conta da fuga da água, a concentração de sal aumenta, poendo alcançar uma salinidade de 0,5 gramas de sal por litro de água quando o açude tem 20% de sua capacidade de armazenamento, lembrando que no Oceano Atlântico ( no NE) tem-se 35 gramas de sal por litro de água do MAR, razão pela qual cria-se as salinas (Macau, Areia Branca-RN) quando a água evapora, foge, e fica o sal; outra razão de se ter sal nas salinas do RN é que esta área, litoral, recebe a menor oferta de chuvas do Nordeste; a água doce das chuvas, solvente e substrato da Natureza, dissolve o SAL, da mesma forma  que quando chove, enchendo os açudes, a água fica doce (com menos sal). Todo lençol subterrâneo do semiárido NE é salgado até 200m de profundidade, exatamente por que a impermeabilização da terra (na superfície) impede a infiltração, drenagem da água doce das chuvas, para formar e manter os lençóis subterrâneos; uma das formas de se reduzir a salinidade da água subterrânea é cavar poços tubulares( já existe centenas deles com água salgada no RN), e, racionalmente, captar e armazenar água doce das chuvas, INJETANDO-A nos poços até saturar (transbordar pela boca do poço); fazendo isto durante 1.000 dias, em um poço tubular para cada km², a salinidade do lençol subterrâneo será reduzida em 80%, lembrando que os poços tubulares tem, no mínimo, 60m de profundidade, e a água injetada na boca do poço (cheio)exerce pressão (infiltração) no lençol subterrâneo; Isto é apenas um exercício científico, intelectual, já que os açudes, poços tubulares, cisternas são absolutamente desnecessários diante da oferta média de água doce das chuvas no semiárido nordestino - média de 400 litros por metro quadrado, 4.000m³ por hectare, 400.000m³ por quilômetro quadrado, um DILÚVIO. 

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