sábado, 2 de fevereiro de 2013

Educação ambiental.

Estamos no Assentamento Lagoa Nova II, município de Ielmo Marinho-RN para mostrar pela centésima vez, o mesmo problema: a estupidez científica da INgenharia brasileira, quando se trata de ideias para supostamente combater a seca. A "cisterna calçadão" desenvolvida pela ASA (articulação do semiárido, sede no bairro do Espinheiro, Recife-PE) patrocinada pelo governo federal está virando uma praga no semiárido, tal é a quantidade desses "troços" entulhando o ambiente; na fotografia o Sr Damião, presidente da Associação dos assentados da agrovila, indignado e decepcionado com o fracasso da ideia de se construir cisternas e calçadões de cimento no campo, para supostamente se fazer agricultura no verão; O calçadão, feito de placas de cimento, tem cerca 230m quadrados, e a cisterna armazena 50m³; 1) dividindo-se 50.000 litros (50m³) por 230 m² a cisterna encheria com oferta de chuvas de 217,39 litros de água por metro quadrado, absolutamente lógico; mas se chover 1.000L/m² a água da chuva precipitada no calçadão é 220.000 litros; 220.000-50.000 = 170.000 LITROS de água DESPERDIÇADOS, perdidos; 2) durante o verão de 8 a 11 meses no semiárido, por ano, o sol e muito intenso, e o vento é seco, concorrendo para alta evaporação da água do solo e dos corpos vivos (vegetais e animais), além do fato de que a terra seca em torno dos corpos vivos acelera a fuga; enquanto durante a estação das chuvas se produz  1 quilo de feijão macassar, em 90 dias de solo úmido (do plantio à coleita) com 200mm de chuvas, com 600 gramas de grãos secos por m², para se manter a umidade do solo, no verão de sol e ventos secos intensos é necessário o triplo da água, e a produção do feijão macassar é menor por m².  3) quando se trata de cultivo de hortaliças (como seria a destinação da água captada e armazenada nesse projeto) a exigência por água é maior; o cultivo de hortaliças é o 2º maior em volume de água doce utilizado; a  ideia da cisterna calçadão do governo e seus asseclas é desperdício do dinheiro público; somando todas as ideias do governo para enfrentar a seca nordestina o resultado é ESTRUME INTELECTUAL.

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