terça-feira, 21 de maio de 2013

Educação ambiental.

Nesta fotografia, no agreste RN, destacamos os troncos da árvore jurema, arrancados, e no fundo as coivaras com os ramos da jurema; O que esta imagem traz de ensinamentos, como educação ambiental; Esta área do agreste, Solo e vegetação (nativos) de cerrado, ocupado como campo de lavoura e pastagem do gado, por mais de 100 anos, tinha centenas de variedades de árvores e arbustos, formando uma massa vegetal não inferior a 0,3m³/m²; no desmatamento da fotografia apenas a jurema com 5 a  8 anos de vida, tempo em que essa área ficou para a "solta" do gado no cercado, lembrando que o gado caprino come as folhas da jurema, mas o gado bovino (e outros) só come a folha verde, amarga da jurema como única opção de alimento; as folhas da jurema são miúdas, e quando caem no chão, por caducidade, secas, são tragáveis para todos os herbívoros, o gado bovino não consegue colher, com a boca, essa massa orgânica vegetal enterrada no chão, mas tem sua importância: a jurema é uma leguminosa que capta o nitrogênio do ar, principal nutriente das plantas; o nitrogênio é um gás atmosférico muito rebelde (volátil) que só vem para o chão, ao alcance das raízes, como nutriente das plantas(não leguminosas), por imposição de fontes de  energias, entre as quais o relâmpago (que só acontece no tempo das chuvas, no semiárido); rebocado para baixo pela água das chuvas densa, grossa, que só acontecem no tempo de La ñina, precipitações de 20 mm por hora; ou na matéria orgânica animal e vegetal decomposta (o nitrogênio compõe os corpos vivos); As folhas da jurema têm muito nitrogênio (e outros gases), parte do nitrogênio evapora quando  a jurema prepara as folhas para a caducidade, mas resta algum nitrogênio que será injetado com as folhas secas no chão. Quer dizer: a jurema não é de todo Má;  a jurema também nasce na caatinga do sertão, mas não passa de 3m de altura, quando adulta, enquanto que no cerrado do sertão a jurema, no mesmo clima, mas com solo diferente, chega a 10m de altura. A jurema representava menos de 1% das árvores no cerrado nativo do sertão e agreste, mas como é muito adaptada ao ambiente, hoje é quase uma exclusividade nesse  ambiente agredido intensamente por dezenas de anos.

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